Cheguei e encostei-me numa almofada… Que bem que se estava ali… tranquila e confiante do caminho certo!
Pegaste-me na mão e, entre um sorriso, disseste: “posso levar-te a passear?”. Eu assenti e saímos abraçados.
Enquanto as estações de metro iam passando, fomos brincando, rindo, dando a mão, sorrindo, partilhando carinhos.
Estava feliz por me ofereceres um abraço e me roubares um beijo!
Ao silêncio fomos juntando palavras meigas como se se tratassem de juras de Amor eterno.
Estávamos em plena cidade das luzes… Champs Elysées… Arc Triumph… umas fotografias para a prosperidade… Tour Eiffel… Uffa, que caminhada!
“Queres um gelado?”
“… prefiro a tua companhia!”
E ficámos ali a admirar o imponente ex-libris de Paris, enquanto filas intermináveis de multidões tropeçavam nos nossos passos.
Procurámos um banco mais sossegado para recuperar energia e prosseguir a marcha… as crianças andavam de burro por ali… muita gente aproveitava um dia solarengo.
…"hãm?!... Não estou a acreditar nessa pergunta"- pensei… “mas gostaria muito. Repete!”…"no fundo não é uma completa surpresa mas, já!?"…
“E tu, é isso que queres?” disse eu.
“Sim, porque eu adoro-te!”
“Eu também!”
Senti-me diferente… um pedido com que sempre sonhei e nunca antes tive… por isso se transformou em algo tão especial quanto Tu.
Transmitiste-me força, vontade de lutar e de inventar coisas… apeteceu-me pegar na mala e fugir contigo para um local perto de nós onde nem o telemóvel toca…
onde podemos mandar pedrinhas na água e ficar a vê-las saltar…
onde podemos mergulhar na gélida água e agarrar um peixe…
onde o mundo parece ter parado mas a natureza mostra-se completamente viva…
… sim, é aí mesmo... onde nos sentimos em casa!
...TTTTrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...
“Mas que se passa… os candeeiros estão a tremer a esta hora, porquê?!?”
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